FNAMzine #5 - Defender os Médicos do Desgaste Rápido - Flipbook - Page 2
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editorial
JOANA
BORDALO E SÁ
Presidente da FNAM
Nos últimos
dois anos, foram
mais de uma centena
de partos realizados
em ambulâncias,
em bermas de
estradas ou em
condições indignas
MAIS MÉDICOS PARA O SNS,
MAIS FUTURO PARA O PAÍS
A FNAM mantém-se firme na defesa dos médicos e do
Serviço Nacional de Saúde (SNS), recusando cair em
estratagemas já conhecidos: acordos apressados, mal
negociados, que conduzem a retrocessos laborais, à
desvalorização da profissão e à normalização da
precariedade. Essa firmeza é, hoje, a única barreira entre
um SNS público universal e a sua degradação acelerada.
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O governo de Luís Montenegro e a Ministra
da Saúde Ana Paula Martins recusam
negociar com a FNAM — a estrutura sindical
que representa mais médicos no SNS —
temas fundamentais para a valorização da
carreira médica e para a sustentabilidade
do próprio serviço público.
Optaram por privilegiar interlocutores
alinhados politicamente e por afastar os
representantes independentes da classe.
Essa escolha não foi apenas uma opção
tática: foi um ataque direto ao SNS e aos
seus profissionais.
As consequências estão à vista. Urgências
encerradas, sobretudo materno-infantis,
deixando grávidas sem serviços de
proximidade e obrigadas a deslocações
longas. Nos últimos dois anos, foram
m a i s d e u m a ce n te n a d e p a r to s
realizados em ambulâncias, em bermas
de estradas ou em condições indignas.
Serviços de urgência dependentes,
em grande medida, de prestadores